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Auta de Souza





“Poetisa de grande emoção religiosa”, no dizer de Afrânio Peixoto, órfã de pai e mãe, A. de Souza, desde cedo, enfrentou o mar de provações redentoras, no qual vogou por toda a sua curta vida física. Educada no Estado de Pernambuco, amargou uma existência de acerbos sofrimentos. “Sua vida” — di-lo Hostílio Montenegro — “foi uma coroa de espinhos atada com a tuberculose.” Seu livro Horto (1899) traz um prefácio de Olavo Bilac, no qual o poeta, após dizer que o volume “vem revelar uma poetisa de raro merecimento”, faz esta ressalva: “não há nas estrofes do Horto o labor pertinaz de um artista.” “Talento e sensibilidade” — observa Domingos Carvalho da Silva (Vozes Fem. da Poesia Bras., pág. 25) — “não faltaram à triste moça tísica do Nordeste, que cometeu, todavia, o equívoco irreparável de fixar os olhos brilhantes em Lamartine, quando já brilhava a estrela de Mallarmé e Verlaine.” (Macaíba, Rio Grande do Norte, 12 de Setembro de 1876 — Natal, Rio Grande do Norte, 7 de Fevereiro de 1901.)

BIBLIOGRAFIA: Horto. A 3ª edição, Rio de Janeiro, 1936, é prefaciada por Alceu Amoroso Lima. ( † )


AUTA DE SOUZA — Nascida em 12 de Setembro de 1876 em Macaíba, Rio Grande do Norte, desencarnou em 7 de Fevereiro de 1901, portanto, aos 24 anos, em Natal. Deixou um único livro, Horto, cuja primeira edição, prefaciada por Olavo Bilac, em Outubro de 1899, apareceu em 1900 e se esgotou em três meses. A segunda edição, feita em Paris, em 1910, traz uma biografia da Autora por H. Castriano. Finalmente, teve uma terceira edição no Rio de Janeiro, em 1936, prefaciada por Alceu de Amoroso Lima. Espírito melancólico, sofredor, muito místico. Seu estilo simples e triste se reproduz perfeitamente nestes versos mediúnicos. ( † )


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