O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Volta Bocage… — Manuel M. B. du Bocage


Glossário

Altair — Estrela de primeira grandeza (constelação da Águia).

Amor — Nos sonetos desta série bocagiana deve entender-se como o deus Amor, isto é, Cupido.

Andrômeda — Constelação próxima às de Pégaso e de Cassiopeia.

Antares — Estrela de primeira grandeza (constelação do Escorpião).

Arrabil — Antiga rabeca, usada pelos árabes e na Idade Média.

Avena — Flauta pastoril; estilo pastoril, humilde, singelo.

Averno — Lago próximo de Nápoles, cratera de antigo vulcão. Os poetas consideravam-no como entrada dos infernos.

Bagata — Feitiço, bruxaria.

Beleguim — Esbirro; designação depreciativa dos oficiais de diligências, agentes policiais, etc.

Camenas — As Musas. As Musas eram nove, filhas de Júpiter e de Mnemosina, e presidiam às artes liberais, entre as quais a poesia em seus gêneros lírico, heroico e anacreôntico: Polímnia, Calíope e Erato, respectivamente. Euterpe era a da música.

Capitólio — Fortaleza sobre a rocha Tarpeia, onde estava o templo de Júpiter.

Citereia — Vênus.

Climas — Em sentido figurado: regiões, países.

Dante (Alighieri) — Célebre poeta italiano (1265-1321), autor da “Divina Comédia”.

Elmano — Pseudônimo de Bocage, na Nova Arcádia.

Estige — Rio do Peloponeso (Grécia), que os antigos localizavam nos infernos. É hoje o Mavro-Nero.

Favônio — Vento brando do poente, zéfiro.

Goa — Cidade da Índia, na costa do Malabar, possessão portuguesa.

Harpia — Monstro fabuloso, com asas, muito voraz, que tinha cara de mulher e corpo de ave de rapina.

Hidal-Khan — Tirano muçulmano, que, à frente de grande exército, manteve Goa inutilmente em estado de sítio, no ano de 1572. Quando ainda na Terra, o poeta grafava este nome aportuguesado, isto é, “Hidalcão”.

Ismene — Uma das beldades, a quem Bocage dedicou versos.

Langotim — Tanga, usada pelos hindus.

Letes — Um dos rios dos infernos, cujo nome significa “esquecimento”; as “sombras” (almas dos mortos) bebiam suas águas para esquecerem o passado.

Ninfa — Divindade dos rios, dos bosques e dos montes.

Orfeu — Poeta e músico, filho de Apolo e de Clio (esta era a musa da História), ou, segundo outros, de Apolo e de Calíope; também, no parecer de alguns enciclopedistas, filho do rei Éagro, da Trácia (Grécia). Diz-se que com os seus cantos, acompanhados à famosa lira, fascinava pessoas, animais, plantas e rochedos; o nome de Orfeu passou a designar um músico ou um poeta.

Parca — Cada uma das três deusas: Cleto, Láquesis e Átropos, das quais a primeira fiava, a segunda dobava e a última cortava o fio da vida humana. No soneto de Bocage, desta série, em que se encontra esse nome, o poeta se refere à última, isto é, à morte.

Plectro — Instrumento que servia para fazer vibrar as cordas da lira; o gênio poético, a poesia.

Regaça — Pequeno rio pedregoso, que banha Óbidos, em Portugal.

Sírius (ou “Sírio”) — Estrela de primeira grandeza (constelação do Grande Cão); é o sol mais próximo do nosso e chamam-lhe vulgarmente. “canícula”.

Tarpeia — Rocha, que formava ponta sul do Capítolino e donde se precipitavam os réus de alta traição.

Têmis — Deusa da justiça; a própria justiça.

Titã — Designação genérica de cada um dos gigantes, filhos de Urano, que quiseram escalar o céu e destronar Júpiter.

Vênus — Divindade, filha de Júpiter, mãe do Amor e deusa da formosura; nome latino (da mitologia romana) da deusa Afrodite, filha de Zeus e a quem rendiam culto os gregos pagãos. — Nome de um dos planetas que giram em torno do Sol; Vênus aparece um pouco antes do dealbar, sendo pelo vulgo chamada “estrela-d’alva”, e ao cair da tarde, quando toma o nome de “Vésper”.


Rio de Janeiro, janeiro de 1947.


Porto Carreiro Neto


FIM


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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