O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Sementeira de luz — Mensagens familiares do Prof. Arthur Joviano (Neio Lúcio) e outros


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As sugestões do livro “Nosso Lar”

18|08|1943


1 Meus filhos, Deus abençoe a vocês, concedendo-lhes muita paz aos corações.

2 Estamos assistindo à sessão de vocês em torno das narrativas concernentes a Nosso Lar. Folgamos por identificar-lhes o interesse, porque os melhores trabalhos não são aqueles que despertam a mais forte emoção, mas os que proporcionam os maiores valores educativos. As sugestões desse livro são imensas e valem como programas valiosos para todos os departamentos de atividades na Terra. Sem que vocês sintam, a mente se desloca para as Esferas mais altas. 3 Não somos mais o símbolo do “rico” a pedir água à bondade de Abraão, em súplicas chorosas.  n Somos a criatura que compreendeu a própria necessidade e procura quebrar os laços da paralisia espiritual, observando Abraão e caminhando ao seu encontro. Afinal de contas, é preciso atravessar os abismos e, graças ao Pai Eterno, vamos atravessando os que nos separavam da zona superior. Hoje lutando, amanhã seguindo com impulso mais forte, mas sempre jornadeando para a frente, classificando estradas, lançando marcos, edificando defesas, garantindo retaguarda para avançar com proveito. 4 A verdadeira caminhada humana, meus filhos, não se faz com os pés. A civilização não tem semelhantes membros. A jornada é da mente, o caminho se desdobra aos sentimentos e ideias, às concepções e raciocínios. Terminada a experiência no corpo terrestre, verificamos que todos os movimentos dos pés marcaram traços na poeira do mundo, apagando-se devagarinho, ou pela passagem da ventania renovadora, ou pela intromissão de pegadas diferentes, mas os caminhos que o homem traçou com “a cabeça e o coração”, pensando e agindo, idealizando e edificando, lutando e sofrendo, estes são as verdadeiras sendas da alma, ou para cima, ou para baixo. Regozijemo-nos, pois, pela nossa atual condição. Não estamos implorando como paralíticos, estamos pedindo, mas com os movimentos necessários para crescermos, desenvolvermo-nos e servirmos na casa do Pai.

5 A sessão de vocês, portanto, é muito significativa. Continuem assim. A construção espiritual fica sempre mais bela. As mensagens de conteúdo divino são também como as fontes da estrada. Cada qual enche o seu cântaro e conduz o que pode suportar. A fonte é sempre a mesma, inalterada, porque vem, sobretudo, da Providência Divina, cuja abundância de amor jamais se altera.

6 Por falar você, meu caro Rômulo, em almas de grupo, torno a me referir à nossa prezada Marcelina para lhes dizer que continuamos operando em favor dela.  n O alarme em casa, as aflições são justas. Generosa e devotada irmã de nós todos, só a perspectiva de sua ausência do plano visível causa angústia e inquietação a todos. Não posso negar, meu filho, que o fenômeno se estende a mim próprio, que não poderei deixar de sentir semelhante afastamento, embora se verifique tão só na Esfera material. Fará ela imensa falta à sua mãe e às meninas. Nossa amiga, porém, mesmo que não venha agora, providência pela qual faço também a minha intercessão pessoal, não se demorará muito tempo. Terminará uma existência brilhante! 7 Paulo de Tarso, ao fim de seus dias de apóstolo, escrevia a Timóteo acrescentando que terminara a carreira e guardara a fé, ( † ) e a nossa Marcelina poderá dizer que guardou a renúncia. Semelhante riqueza da alma é incalculável. Ela soube escolher a experiência de devotamento e tem sabido vivê-la. Aliás, como alma do grupo, desta vez preferiu ela a condição de servidora, lembrando os sacrifícios de Alcíone. Mais tarde poderemos localizar as posições. Nas horas de combate é muito difícil classificar individualmente os soldados, mas serenada a batalha é possível atender à situação de cada qual. Continuaremos a ajudá-la em seus testemunhos de espírito forte e dedicado.

8 Creio não precisar dirigir-me a vocês sobre saúde. Prossigam na prudência que vão observando. Isto é essencial. Refiro-me à alimentação sóbria. Que Deus abençoe suas lágrimas, minha filha, vertidas na concha de nossas preces e recordações. Guardá-las-ei comigo em penhor de minha gratidão de pai e amigo. Lutas terrestres, Maria, são neblinas na face do sol. A neblina é um núcleo, o sol é infinito. Para perturbar a manhã, a neblina vive alguns minutos. Para encher a Terra de vida, o sol brilha sempre. A neblina nunca permanece, o sol ilumina incessantemente. A melhor posição na vida, pois, é esquecer a neblina e caminhar para o sol. Vamos todos juntos. Essas experiências são pequeninos trabalhos que nos trazem ilimitados benefícios.

9 Boa noite, meus filhos! Guardem a paz de Deus. Com um abraço afetuoso, sou o papai muito amigo,


A. Joviano



[1] Nota da organizadora: Lucas, 16:19-31.

[2] Nota da organizadora: Refere-se à estimada e dedicada servidora do lar de Arthur Joviano, por longos anos.


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