O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Renascimento espiritual — Familiares diversos


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Marco Antônio Pereira da Costa

NASCIMENTO: 23 de abril de 1966 — DESENCARNAÇÃO: 20 de agosto de 1985

Marcão, assim os amigos o chamavam.

Dono de uma simpatia incomum Marcos, em sua pouca idade, granjeou nas lides esportivas um fã clube das amizades que soube fazer e o reconhecimento por seu porte atlético, onde seu desempenho nas atividades esportivas dele fizeram um dos desportistas mais queridos na agremiação do Clube Espéria, em São Paulo.

Não se distraía com as obrigações de filho e, preocupado com sua vida futura, aplicava-se nos estudos com carinho e responsabilidade, provando tal fato com seu ingresso na OSEC onde cursava o primeiro ano de Medicina. Gostava muito de música e participava ativamente de um grupo musical formado por amigos.

Seus pais, em agradecimento a esse filho feliz e por lhes trazer muitas alegrias enquadradas em sua responsabilidade, presentearam-no com uma perua Parati, 0K, veículo com o qual dois dias depois, precisamente nas vésperas do “Dia dos Pais “, saiu para um passeio a estreá-la, juntamente com sua namorada e um casal de amigos. Quando retornavam, inesperadamente, ao fazer uma curva o veículo rabeou chocando-se com a guia, vindo a capotar. Marcos bateu a cabeça sofrendo fratura craniana, forçando uma internação de 10 dias na UTI do Hospital 9 de Julho, vindo a falecer.

Sua namorada e o casal de amigos nada sofreram, e até hoje não entendem como o veículo pôde capotar na baixa velocidade em que estava.

Sabemos nós o que se passa nas leis de Deus, quando fatos como esse e outros mais se deparam ao nosso conhecimento?


PRIMEIRA MENSAGEM


“… prometo sufocar as minhas muitas saudades, transformando-as em esperanças iluminadas de amor, à frente do futuro que nos espera.”

1 Querido papai Gaspar e querida mãezinha Adélia, abençoem-me como sempre.

2 Venho, de certo modo, recapitular os comunicados que tenho tido o reconforto de transmitir por nossa irmã Suly, no Lar Oficina Augusto Cezar. Às vezes, não consigo dilatar o que escrevo para melhor compreensão do que eu esteja dizendo ou desejando dizer, entretanto, minha felicidade é enorme, com a possibilidade de endereçar-lhes as minhas palavras.

3 Tenho aprendido algumas lições em minha vida nova e a minha avó Ana me empresta valioso apoio nesse sentido. Isso porque despendemos, principalmente no meu caso, muito tempo na recomposição de nossas forças.

4 Para quem estacionou por muito dias ou muitos meses no leito de sofrimento, o desprendimento gradual do espírito vinculado à Vida Física, é quase espontâneo e natural, com grande alívio para o paciente e para aqueles que o assistem, porque em tais ocorrências a doença ou a inadaptação do corpo favorecem o desprendimento a que me referi. Esse, porém, não foi o meu caminho de volta ao Grande Lar.

5 O choque da desencarnação repentina num acidente que me marcou a memória, me criou problemas que só o tratamento longo com a assistência de minha avó Ana, que se me fez a dedicada enfermeira, consegui superar. Isso me atrasou o relógio das lembranças e ainda hoje luto comigo mesmo, quando se trata de algum acontecimento que me compele a recordar.

6 Efetivamente, a chegada de alguém à Terra, a fim de se corporificar, exige uma porta com circunstâncias diversas, mas com igualdade nos processos que nos conduzam a novo berço, mas, a saída do espírito, no regresso à Espiritualidade, possui milhares de portas diferentes, porque a liberação da alma se realiza com todas as lembranças que se lhe fazem inerentes.

7 Cada qual se despede do Mundo Físico de maneira diferente. E eu me vi matriculado entre aqueles que foram impelidos à desencarnação de jato, sem nenhuma preparação para isso. Esses conflitos da criatura para com ela mesma dificultam a solução rápida dos problemas que se carregou.

8 Nesse aspecto a vovó Ana e o meu avô Antônio têm sido meus professores, a fim de que se me fixem as experiências que devo guardar em meu próprio benefício.

9 A bendizer, quase todos os dias temos lições novas e compreendo, por isso, os meus obstáculos para expressar-me com facilidade. Saberá, porém, o meu pai Gaspar que não poderíamos estar separados e, intuitivamente, compreende que o filho, ainda imperfeito, embora, o acompanha tanto quanto possível, de modo a preservar-lhes as forças e resguardar-lhe a tranquilidade. 10 E não podemos esquecer que a nossa querida Ana, a filha do coração, nos trouxe o estimado Antônio que, na essência, é outro filho a inspirar em meus pais a confiança na vida. E tenho até quem me preencheu o lugar, então vazio, a nossa querida Amanda, que é um sorriso de Deus em nossa casa.

11 Pais queridos, enfrentemos as nossas provas com paciência e coragem. Lembre-se o papai Gaspar que continuo a ser o seu companheiro de sempre, cooperando, tanto quanto se me faz possível, para que a harmonia permaneça conosco. 12 Além de tudo, prometo sufocar as minhas muitas saudades, transformando-as em esperanças iluminadas de amor, à frente do futuro que nos espera. Aceitemos os desígnios de Deus a nosso respeito e Deus atenderá aos nossos propósitos, convertendo-nos o anseio em realidade.

13 Peço à mãezinha Adélia, não permitir que as lágrimas me molhem o coração ainda frágil para conter as emoções dos tempos últimos.

14 Tenhamos uma atitude plenamente construtiva perante o mundo e a vida e, sigamos adiante, convencidos de que a Vida idealizada por nosso Criador e Pai não é simplesmente parar à margem do caminho do progresso sem o desassombro de não seguir adiante, nos afazeres constantes dos que buscam a paz e a verdade.

15 Ficarei satisfeito, se nos reúnam estas minhas páginas ao Antônio e à nossa Ana para que se esclareçam quantos aos problemas da Vida Superior.

16 Querido pai, as minhas saudades são imensas, entretanto, acima das saudades entre nós, tem o contexto das provas pelas quais devemos passar. Ficamos muito contentes de sabê-los afinados com o grupo de pessoas de afinidade e compreensão.

17 Tanto a fazer e conhecer que não nos é possível malbaratar o tempo, sem aproveitá-lo em nossa própria edificação. Assuntos novos todos aqui temos à saciedade, no entanto, assunto novo não é presentemente o que se nos aconselham. 18 Vale, no entanto, acima de tudo, a aquisição dos conhecimentos que nos valorizarão a vida e, somente disso, será justo integrar novo campo de estudos valiosos a que me refiro para nossa própria edificação.

19 Da curva que o nosso carro venceu desastradamente, pouco me lembro. Já fiz longo esforço para atingir o esquecimento do acontecimento em que fui despojado do meu corpo físico e, por isso, desejo apresentar-me diante dos pais queridos e dos queridos irmãos Ana e Antônio, com meus valores capazes de incentivá-los para a elevação espiritual. Aguardemos trabalhando.

20 Queridos pais, envio à querida sobrinha, um beijo emoldurado em minha ternura e, aos irmãos, peço transmitam o meu beijo de carinho e gratidão. Com o mesmo amor que nos uniu sempre, peço receberem a alma toda do filho que não os esquece.


Marco Antônio

Marco Antônio Pereira da Costa


SEGUNDA MENSAGEM


1 Queridos pais, peço-lhes me abençoem.

2 Continuo muito agradecido do auxílio que recebi da reunião a que compareci para refazimento.

3 Devo uma explicação que seria mais compreensível aqui na Espiritualidade. Quando me aproximei das nossas irmãs médiuns no propósito de registrar os meus agradecimentos, fui auxiliado por duas benfeitoras. 4 A médium Suly me emprestou forças automaticamente para materializar a minha mão para grafar por meio da médium Marilú, as palavras com que me foi possível configurar o meu estado de alma e fiquei muito agradecido a ambas.

5 Meu braço estava quase inerte e a mão, por isso mesmo, consequentemente não conseguia se movimentar. A irmã Suly estava em oração e irradiava as energias de que eu estava carecendo e assim que me vi em condições de escrever, vali-me da cooperação espontânea que a irmã Marilú prontamente me oferecia.

6 Tentando manifestar o meu reconhecimento, ocorreu-me à lembrança a querida benfeitora que me amparou primeiramente, fazendo-me reviver a mão de que eu necessitava à maneira da criança que se fixa no doce de que se alimenta, esquecendo as tarefas de quem lhe preparou os meios necessários para se beneficiar. Peço desculpas por haver esquecido de que me valera de uma dupla generosa de corações, sem mencionar a benfeitora Marilú na minha euforia ante a possibilidade de algo falar de minhas pobres notícias.

7 Na Terra, muitas vezes, assinalamos o amparo do médico que nos atende as necessidades, esquecendo-nos do farmacêutico que nos compõe o medicamento endereçado às nossas melhoras.

8 Foi o que aconteceu. Em meu caso, porém, tento reparar o meu lapso de memória, agradecendo muito sinceramente às duas benfeitoras que me prestaram abençoado serviço.

9 Querida mamãe, envio carinho ao cunhado-irmão, à nossa Ana e à querida sobrinha Amanda e peço aos pais queridos guardarem no coração o reconhecimento que lhes trago, com as minhas preces a Deus pela paz em favor de nós todos.

10 Muito amor e gratidão do filho que lhes deve tanto.


Marco Antônio

Marco Antônio Pereira da Costa


ESCLARECIMENTOS


Pais: Gaspar Pereira da Costa e Adélia Saccani da Costa.

Endereço: Rua Benta Pereira, 592, São Paulo, SP.

Irmã: Ana Cristina da Costa Nero.

Cunhado: Antônio Francisco Nero, casaram-se seis meses após a desencarnação de Marco.

Vovó Ana: Ana da Costa, tataravó paterna, desencarnada há mais de meio século.

Vô Antônio: Antônio da Costa, paterno, desencarnado em 19.09.1975.

Sobrinha: Amanda da Costa Nero.


Rubens S. Germinhasi


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