O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Palavras sublimes — Autores diversos


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Serviços de sublimação

Vide notas de rodapé

(…) Cada reunião de vocês, na prece e no esforço evangélico expressa uma reunião em nosso lado. Quando o médium identifica a presença de “A” ou “B”, isso não significa visitação a esmo. A assembleia deliberada para os trabalhos espirituais compele a organização de outra no Plano espiritual imediato. Somente assim um agrupamento consegue viver, superando as dificuldades no tempo e projetar-se em benefícios para muita gente na vida coletiva. (…)

(…) Compreenderão, portanto, como é justificável nossa reclamação frequente, no que se refere à boa vontade, à assiduidade e ao horário. (…)

(…) Esses fatores se revestem de importância fundamental em qualquer grupo com tarefa de ascensão ou de extensão dos recursos do Alto. Em verdade, toda criatura que permaneça ainda ausente do ideal que hoje nos alimenta as almas pode receber o socorro dos espíritos amigos, mas o companheiro que esteja integrado num grupo cristão dispensa as situações especiais para que lhe doemos a nossa mensagem ou assistência, de acordo com as nossas necessidades mútuas, porquanto, na concentração de pensamentos, dentro dos objetivos de melhoria da personalidade, a mente se converte num ímã colocado em nossa direção, absorvendo-nos os avisos ou advertências, em forma de intuição. Nesse sentido, o hábito de estudar o Evangelho, refletindo-lhe as lições, é valioso exercício de imantação do nosso espírito com as Esferas superiores. Por ocasião do sono físico ou da prece, o intercâmbio com os amigos desencarnados é mais fácil, mais substancioso e agradável. (…)

Não nos cansaremos, sobretudo, de solicitar-lhes a atenção para a região do pensamento.

(…) Quando meditamos no bem, cultivando-o diariamente, e nos predispomos a irradiá-lo através de ondas ininterruptas de compreensão e amor, nossa mente transforma-se pouco a pouco em gerador de luz. (…)

(…) Dia a dia vamos entendendo com mais segurança o valor de nosso concurso mental na regeneração no plano em que desfrutamos a bênção do trabalho e quanto mais pudermos arrojar o material inferior para fora de nós mesmos em maior parcela o superior resplandecerá em nossa estrada, descortinando-nos horizontes mais vastos e diferentes.

Onde prendemos nossos pensamentos aí se formará uma inibição à maior expansividade de nós próprios. A vida é força divina que nos toma a todos por instrumentos de transmissão, segundo a nossa capacidade de traduzir-lhe a grandeza. Nossa finalidade mais alta, por assim dizer, será, pois, a de canalizar os dons do Céu, convertendo-nos em doadores permanentes de amor e sabedoria, em nome da Divindade.

Mais crescimento de virtude, cultura, competência e experiência significa mais amplitude no raio de ação da nossa individualidade. Somos condutores vivos e conscientes do bem. A grandeza de nossa cooperação depende da grandeza do nosso potencial e sabemos que o aumento de potencial é obra nossa, tanto quanto a santificação da força vital de que dispomos ou o aviltamento dela. (…)

Toda reunião de vocês, portanto, fundamentada na lei de amor com objetivos de aprendizado ou de assistência fraternal, está garantida pelo êxito. Precisamos, porém, compreender sempre que o esforço e a vitória não constituem obrigação e salário de alguns, mas sim o dever e a felicidade de todos. n


Neio Lúcio



[1] Reformador — Setembro de 1950.
[A presente mensagem foi publicada na revista Reformador de setembro de 1950, página 212, sob o título “Nas reuniões espiritistas”. Recomendamos a leitura da mensagem original citada na nota abaixo]


[2] Constante do livro Colheita do bem, com psicografias de Chico Xavier pelo Espírito Neio Lúcio organizado por Wanda Amorim Joviano e publicado pela Vinha de Luz Editora em 2010, por ocasião do encerramento das comemorações do centenário de nascimento do maior médium de todos os tempos (1910-2010). Nessa obra, a mensagem intitulada “Serviços de sublimação”, datada de 1º de março de 1950, pode ser encontrada na íntegra às páginas 159-162.


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