O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Perante Jesus — Emmanuel


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Confraternizemo-nos!

1 Reunidos a serviço da Verdade e do Bem com o Cristo, não nos esqueçamos de que, se permanecemos à frente dos homens que necessitam do Espiritismo, colaboramos com o Espiritismo que não prescinde dos homens.


2 Efetivamente, é indispensável começar a jornada de elevação, acender a primeira luz e guardar a bênção do início. Entretanto, urge evitar a demora nas estações de trabalho incompleto.


3 A mera procura da Verdade organiza somente investigadores.
A exclusiva busca de benefícios perpetua a caçada ao menor esforço.


4 Estabelecer, simplesmente, o intercâmbio mediúnico, entre encarnados e desencarnados, com todos os aparatos de identificação, pode restringir-se à tarefa informativa.


5 Provar a sobrevivência individual, após a morte, sem criar incentivo à Espiritualidade Superior, é apenas a descoberta de campos novos com ausência de estímulo ao progresso e à edificação.


6 Fomentar o conforto sem apelos à responsabilidade é cristalizar o personalismo inferior e anestesiar as forças de acesso à Consciência Divina.


7 Distribuir mensagens consoladoras, por simples entusiasmo da crença, distante do roteiro que oferecemos a outrem, será atender, em caráter exclusivo, a pura convenção postal entre dois mundos.


8 Orar, sem o sincero propósito de transformação para o Bem, é pretender a fabricação de instrumento providencial malhando em bigorna d’água.


9 Solicitar diretrizes do Plano Elevado, esperando que os Desígnios Divinos se adaptem aos nossos caprichos, é loucura do coração.


10 Doutrinar os outros, desordenadamente, é baratear a Inspiração Celeste.


11 Exigir a reforma alheia, de alma recolhida à macia poltrona das ilusões que assinalam a Vida Física, é tirania espiritual.


12 Em suma, pesquisar a Luz e a Verdade, cooperar nas obras do bem e do esclarecimento constituem serviços abençoados que o Espiritismo nos presta; todavia, o aperfeiçoamento de nós mesmos é o serviço fundamental que podemos prestar-lhe, de modo a servi-lo, diante dos homens confundidos na atualidade de sofrimentos e incertezas, desesperos e incompreensão.


13 Para atingir o sagrado objetivo, é necessário viver com o Mestre as inolvidáveis lições de seu Evangelho de amor e paz, de sacrifício e conversão.


14 Allan Kardec é o Missionário Sublime, que revela e prepara.

15 Jesus é o Mestre Supremo, que renova e ilumina.


16 Com o Apóstolo, temos as portas abertas; com o Senhor, recebemos o ministério da realização.


17 Do Cooperador Devotado, adquirimos o conhecimento em função da época; do Cristo Soberano, recebemos a luz imperecível para a Eternidade.


18 Amemo-nos uns aos outros.

19 Instruamo-nos e auxiliemo-nos reciprocamente.

20 Confraternizemo-nos para enriquecer a Vida.


21 Revelação divina, sem renovação humana, é Luz sem espaço, como o Espiritismo humano, sem espiritualidade divina, é espaço sem Luz.


22 Afeiçoemo-nos ao Cristo, sentindo-Lhe as lições e vivendo-as, convictos de que não haverá melhor mundo sem homens melhores.


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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