O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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O Evangelho por Emmanuel — Volume V — 2ª Parte ©

Textos paralelos de Atos dos apóstolos e Paulo e Estêvão

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Paulo diante de Agripa e Berenice

13 Passados alguns dias, o Rei Agripa e Berenice chegaram em Cesareia para saudar a Festo. 14 Como permaneciam ali muitos dias, Festo apresentou ao rei as [coisas] relativas a Paulo, dizendo: há um varão que foi deixado preso por Félix, 15 a respeito de quem, estando eu em Jerusalém, se manifestaram os sumos sacerdotes e anciãos dos judeus, pedindo contra ele uma condenação. 16 Respondi para eles que não é costume dos Romanos entregar algum homem antes que o acusado tenha presentes os acusadores e possa defender-se da acusação. 17 Assim, reunindo-se eles aqui, sem fazer dilação alguma, no [dia] seguinte, assentando-me na tribuna, ordenei que fosse trazido o varão; 18 a respeito do qual, levantando-se os acusadores, nenhum motivo [de condenação] trouxeram das [coisas] más que eu suspeitava. 19 Mas tinham contra ele algumas questões a respeito da própria religião e acerca de um certo Jesus, morto, que Paulo afirmava estar vivo. 20 Estando eu em dúvida a respeito desta investigação, perguntava se [ele] queria ir a Jerusalém e ali ser julgado acerca destas [coisas]. 21 Mas, havendo Paulo apelado para ser mantido sob guarda para a decisão do Augusto, ordenei que [assim] fosse mantido até eu mesmo enviá-lo a César. 22 Agripa disse para Festo: gostaria também de ouvir este homem. Amanhã, o ouvirás, disse [ele]. 23 Assim, no [dia] seguinte, vindo Agripa e Berenice, com grande pompa, depois de entrarem na sala de audiências com os quiliarcas e varões eminentes da cidade, Paulo foi conduzido por ordem de Festo. 24 E Festo diz: rei Agripa e todos os varões que estais presentes conosco, vede este acerca de quem toda a multidão dos judeus recorreu a mim, tanto em Jerusalém quanto aqui, clamando que não deve ele viver mais. 25 Eu, porém, descobri que ele nada fez digno de morte; no entanto, tendo ele apelado ao Augusto, decidi enviá-lo. 26 [Contudo], a respeito dele, não tenho algo seguro para escrever ao Senhor; por isso o conduzi até vós, e especialmente até ti, rei Agripa, a fim de que, ocorrendo a investigação, [eu] tenha o que escrever. 27 Pois não me parece razoável não indicar os motivos [de condenação] ao enviar um prisioneiro. — (Atos 25:13-27)


65 […] O governador, sem perder tempo, determinou se anotasse a petição do réu, para prosseguimento do feito. No dia seguinte demorou-se a estudar o caso e sentiu-se presa de grande indecisão. Não podia enviar o acusado à capital do Império, sem justificar os motivos da prisão, por tanto tempo, nos cárceres de Cesareia. Como proceder? Mas, decorridos alguns dias, Herodes Agripa e Berenice vinham saudar o novo governador, em visita cerimoniosa e imprevista. O preposto imperial não pôde dissimular as preocupações que o absorviam, e depois das solenidades protocolares, devidas a hóspedes tão ilustres, contou a Agripa a história de Paulo de Tarso cuja personalidade empolgava os mais indiferentes. O rei palestinense, que conhecia a fama do ex-rabino, manifestou desejo de observá-lo de perto, ao que Festo anuiu satisfeitíssimo, não somente pela possibilidade de proporcionar um prazer ao hóspede generoso, senão também por esperar das impressões do mesmo algo de útil para ilustrar o processo do Apóstolo, que lhe incumbia enviar para Roma.


66 Pórcio deu a esse ato um caráter festivo. Convidou as personalidades mais eminentes de Cesareia, reunindo luzida assembleia em torno do rei no melhor e mais vasto auditório da Corte Provincial. Primeiramente houve bailados e música; em seguida, o convertido de Damasco, devidamente escoltado, foi apresentado pelo próprio governador, em termos discretos, mas cordiais e sinceros. […]


Emmanuel



(Paulo e Estêvão, FEB Editora. Segunda parte. Capítulo 8, página 432. Indicadores 65 e 66)


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