O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Opinião espírita — Emmanuel / André Luiz — F. C. Xavier / Waldo Vieira


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Embaixadores divinos

O Céu e o Inferno — 1ª Parte — Cap. VIII — Item 14. n


1 Eles, os Embaixadores Divinos, quando chegam a nós, Espíritos internados na escola da evolução, trazem consigo as harmonias supremas.

2 Expressam-se raramente por estruturas humanas, conquanto permitam que artistas de sentimento elevado lhes imaginem a forma nas alegorias da abstração ou na linguagem dos símbolos.

3 Manifestam-se quase sempre por influxos de sabedoria e beleza, amor e refazimento.

4 São frêmitos de esperança, alavancas intangíveis de força, clarões relampagueantes no firmamento da alma, a se lhe espelharem nas telas do pensamento por ideias sublimes e sonhos majestosos, visões interiores de magnificência intraduzível, cujo fulgor recorda a auréola solar dissipando as trevas!…


5 Abeiram-se das mãos fatigadas de pranto e renovam-lhes a ternura para que afaguem de novo os filhos ingratos; 6 aproximam-se dos corações exaustos de sacrifício, impelindo-os a converter soluços de sofrimento em cânticos de alegria; 7 envolvem o cérebro daqueles que se consagram espontaneamente à felicidade dos semelhantes e comunicam-lhes o lume da inspiração, que se lhes transfigura, no campo mental, em cores e melodias, invenções e modelos, composições literárias e revelações científicas, poemas e vozes, hinos à bondade e planos de serviço que atendam anseios e aspirações das criaturas famintas de acesso aos reinos superiores do Espírito; 8 abraçam os lidadores do bem e reaquecem-lhes os corações para que não se imobilizem, sob o granizo da calúnia, e nem se entorpeçam, ao verbo gelado e fulgurante das filosofias estéreis; 9 beijam a fronte pastosa dos agonizantes que aguardam tranquilamente a morte, rociando-lhes o olhar com lágrimas de júbilo ao desvendar-lhes os gloriosos caminhos da liberdade; 10 enlaçam os servidores humildes que suam e choram na gleba, a fim de que o mundo se abasteça suficientemente de pão, e levantam-lhes a cabeça para a contemplação do Céu…


11 Quando a ventania da adversidade te assopre desalento ou quando a sombra da provação te mergulhe em nuvens de tristeza, recorre a eles, os Embaixadores Divinos do Amor Eterno, e sentirás, de imediato, o calor da fé, nutrindo-te a paciência e acalentando-te a vida.

12 Para isso, basta te recolhas à paz do silêncio acendendo em ti mesmo leve chama de oração por atalaia de luz.


Emmanuel




[1] No original: “O Céu e o Inferno — 1ª Parte — Cap. VII — Item 14.” — Houve erro na grafia da citação, pois trata-se de outro assunto.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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