O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Mensagem do pequeno morto — Carlos por Neio Lúcio


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Ensinamentos

1 Naturalmente, você perguntará como se desenvolvem nossos trabalhos escolares e, de antemão, posso responder-lhe que os serviços dessa natureza, em nossa vila espiritual, são quase idênticos aos de um estabelecimento de ensino na Terra.

2 Temos material didático, em quantidade variada e enorme, inclusive livros e cadernos de exercícios. O sistema de ação dos professores, porém, é bastante diverso. Não somente ensinam: guardam, confortam, orientam.

3 Acho-me, por exemplo, num curso de bom comportamento e retificação sentimental.

4 Noto que os instrutores não se descuidam da parte intelectual propriamente dita, preparando-nos o conhecimento das condições alusivas à vida nova em que nos encontramos.

5 Para isso, valem-se das realizações que já edificamos na Terra. Não nos perturbam com revelações prematuras, nem com demonstrações suscetíveis de alterar o equilíbrio de nossas emoções. Tomam, como ponto de partida, as experiências que já adquirimos e ajudam-nos a desenvolvê-las, gradualmente, sem ferir-nos os raciocínios mais agradáveis.

6 Tenho a impressão de que os orientadores daqui recebem-nos os conhecimentos terrestres como sementes dos conhecimentos celestiais. Em razão disso, não nos esmagam com a exposição maciça da sabedoria de que são portadores. Cercam-nos de cuidados e carinhos especiais, para que as nossas faculdades superiores germinem e cresçam.

7 O que assombra, porém, é a vigilância paternal que os abnegados orientadores desenvolvem junto de nós, no sentido de despertarem nossas ideias mais elevadas.

8 Nesse propósito, o curso de introdução às aulas superiores está cheio de temas relativos à melhoria espiritual que nos compete atingir. Longas horas são aproveitadas no exame atencioso de interrogações como estas:

  9 — Que pensamos acerca do Cristo?

  10 — Como recebemos os favores da Natureza?

  11 — Que fazemos da vida? quais os objetivos de nosso esforço pessoal?

  12 — Que concepção alimentamos, relativamente ao tempo e à oportunidade?

  13 — Quais são as diretrizes dos nossos pensamentos?

  14 — Estaremos utilizando para o bem os instrumentos e as possibilidades que o Senhor da Vida nos confiou?


15 Semelhantes temas, examinados inicialmente por nossos professores, em proveitosas aulas de renovação espiritual, dentro das quais nos confessamos uns aos outros através de comentários serenos e francos, fazem luz sobre nós mesmos, revelando-nos aos olhos a extensão de nossas necessidades, pelo egoísmo, pela indiferença e ociosidade em que temos vivido desde muito nos círculos terrestres.


Carlos

Neio Lúcio


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