O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Jesus em nós — Emmanuel — Entrevistas


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Sobre a fofoca. Um caso de absolvição

17. HEBE — Chico, eu gostaria, também, antes de você dar a sua mensagem de Natal para todo este Brasil que nós amamos tanto, que você dissesse como é que a gente pode, por exemplo, ajudar, eu sei que houve ajuda no caso do julgamento de uma pessoa que parece que assassinou a mulher e, através de uma carta psicografada, esta pessoa foi absolvida.

A esposa inocentou o criminoso e a gente sabe, assim, às vezes, de tantos casos de desencontros entre os casais, de repente, uma desarmonia e a gente tenta ajudar e não sabe como.

Eu queria que você, com a sua palavra, com esse dom que você tem de se contatar com Jesus, se você poderia dar uma palavra para essas pessoas que estão atravessando momento difícil de convívio conjugal e a essa família que não pode se desagregar.

CHICO — Nós temos um problema a resolver nestes casos de imunização espiritual.

A imunização espiritual é sempre feita com a palavra centralizada no bem e com esquecimento de todo o mal.

Se nós não falarmos coisa alguma a respeito de algum pequenino erro de alguém, aquilo não segue para diante, porque nós devemos ser estações terminais de toda a fofoca, porque a fofoca é hoje um instrumento interessante e até engraçado, mas a fofoca também mata.


18. Agora o caso de Campo Grande…

As nossas sessões não são sessões de provocar manifestações; nós estudamos o Evangelho, comentamos o ensinamento do Cristo n e nos colocamos à vontade de algum amigo espiritual que queira se comunicar.

A reunião era feita talvez ali com umas 400 a 500 pessoas, algumas do lado de fora, quando essa senhora muito jovem se comunicou para o marido chamado João de Deus… (O nome completo eu não me lembro.)

Então, falou com ele que se lembrava exatamente do dia em que eles estavam chegando de uma festa e que ele ao retirar o cinto de que se tinha munido, porque haviam feito uns 6 ou 8 quilômetros de viagem para ir a uma festa de aniversário, eu não sei, parece que era uma festa de aniversário, e ele, então, temendo a atualidade, os assaltos da atualidade, se muniu de um revólver e o pôs no cinto.

Então, ela se lembrava perfeitamente da noite em que eles chegavam e que ela se sentou na cama e que ele ao retirar o cinto, o gatilho esbarrou em algum corpo, que nem ela e nem ele poderiam determinar, e o tiro saiu e veio sobre ela e que ele era inocente de tudo aquilo.

Que ela partiu deste mundo, lamentando aquele incidente, e como ela sabia que ele estava às vésperas de julgamento, pediu muito a Deus para que os juízes e para que os jurados considerassem a inocência dele.

Ele que já tinha feito um segundo casamento e que era pai de um filho, porque o casamento dele com a comunicante era recente.

Ela não teve filho, mas que o lar deles estava formado, ele era agora pai, ela pedia à Misericórdia de Deus que atuasse no cérebro dos juízes e dos jurados para que fosse libertado, para que essa senhora que era a segunda esposa dele e o filhinho, a criança, não sofressem privações com a sua ausência; que ele marchasse com a sua inocência para o julgamento, mas que Deus havia de abençoá-lo, que Jesus havia de se lembrar dele.

Depois eu não soube de mais nada, senão pelo jornal que os sete jurados deram a favor dele e ele foi liberto.


Francisco Cândido Xavier

Emmanuel



[1] No original: “de Cristo” — Vide explicação de Allan Kardec sobre a anteposição do artigo à palavra Cristo.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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