O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

Índice | Página inicial | Continuar

Intercâmbio do bem — Familiares diversos


5


Flávio Luiz Mazetti

06 SETEMBRO 1947 — 26 MAIO 1982

Nasceu em Olímpia, interior de São Paulo, e desencarnou na Capital do Estado.

Muito amoroso, alegre, comunicativo, deixou inúmeros amigos, sobretudo em seu ambiente de trabalho, na Volkswagen Caminhões, em S. Bernardo do Campo.

Casou com D. Míriam Cortazzio Mazetti no dia 06 de setembro de 1979 e juntamente com ela, seu filhinho Luiz Felipe, os pais D. Cristina e Sr. Atílio e a irmã Irlane, formou aqui na Terra o núcleo familiar, de tão gratas recordações para o seu espírito generoso.

Em seu depoimento, D. Cristina relata o encontro inesperado e, com certeza, promovido pela Espiritualidade Maior, com Chico Xavier, onde o médium citou nomes de familiares desencarnados há meio século, sem que fossem mencionados pela família.

“Deus, nesta noite, mais uma vez abençoou o nosso irmão Chico, permitindo que, por seu intermédio, recolhêssemos estas inesquecíveis páginas. A Deus e a você, Chico, a nossa eterna gratidão.”




MENSAGEM


1 Querido papai Atílio e querida mamãe Cristina, peço-lhes me abençoem.

2 Aquela despedida foi rápida, mas não foi despedida e, sim, um intervalo mais longo em nossos entendimentos.

3 Estou bem. Aqui estou guiado pela generosidade da vovó Maria Calvo n que insistiu para que eu viesse lhes trazer alguma notícia.

4 Estamos, afinal, quase no mesmo ponto em que nos víamos nos tempos últimos. Penso em nossa Míriam, em nosso Luiz Felipe, e me emociono. Ela e o nosso filhinho poderiam estar felizes, tão felizes em nosso ambiente, mas não podemos torcer a natureza das pessoas.

5 Mãezinha Cristina, nós sabemos que para o seu coração querido, Míriam é uma nora-filha, mas só o tempo fará com que ela a veja, com o papai Atílio, nas condições de pais.

6 Compreendamos tudo isso, e tenha a certeza de que o amor não desaparece. Um dia chegará, em que todas as incompreensões ficarão extintas.

7 A vovó Maria Calvo me recebeu com a dedicação de verdadeira mãe e posso dizer-lhes que nada sofri, a não ser a saudade, que hoje não sei onde mais dói no coração, se aí no mundo físico ou se aqui no Mundo Espiritual.

8 Peço-lhes permissão, para explicar-lhes que o meu problema orgânico evoluiu rapidamente para o fim do corpo, de vez que o coração não correspondia ao meu bom humor.

9 Reconheço que os médicos amigos tudo fizeram para me reanimar. Massagens e fincadas de agulhas portadoras de medicamentos necessários não me faltaram.

10 Mas quando o motor falha, de pouco vale a carroceria, mesmo de luxo, e no meu caso o motor demonstrou pouca resistência e a viagem foi interrompida.

11 Esclareço isso para que não se sintam pesarosos com ninguém. Voltei no meu tempo de voltar, conquanto, quisesse tanto me demorar em família, para tudo harmonizar em auxílio de nossa paz.

12 Os desígnios da Lei de Deus não me aprovaram os desejos, decerto, para meu próprio benefício, e aqui estou com o propósito de tranquilizá-los.

13 O vovô Atílio n tem sido para mim um devotado companheiro e, acreditem os pais queridos, que o tempo de curtirmos o Luiz Felipe chegará para nós.

14 Sei com quanto amor aguardaram o neto, que não chegam a ver com a frequência desejável, e, por isso, ergo as minhas preces ao Senhor da Vida, pedindo amparo e bênção para cada um de nós.

15 Muitas lembranças a todos, sem me esquecer de nossa querida Irlane. Não escrevo mais porque a vovó Maria Calvo me lembra o horário e as conveniências dos amigos aqui reunidos.

16 Por estas razões e porque já tenha dito o necessário, rogo à mãezinha Cristina e ao papai Atílio receberem o imenso amor e o constante reconhecimento do filho, sempre mais reconhecido,


Flávio Luiz

Flávio Luiz Mazetti  

20 de novembro de 1982. 


Caio Ramacciotti

Paulo de Tarso Ramacciotti



[11] Maria Calvo — bisavó, desencarnada há mais de 40 anos.

[12] Atílio Mazetti — bisavô, desencarnado há cerca de 50 anos.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

Abrir