O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Falou e disse — Augusto Cezar Netto


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Página para Jesus

1 Amigo Jesus.
Peço: não me dê bronca se estou rachando o papon

2 Esta noite é sesquipedal para mim.
Noite de viver.

3 Muitos amigos paparicando o joão-ninguém que ainda sou. E até meus pais e minha irmã, com tantos companheiros, vieram de longe pra comandar o marcador.

4 Estou com força total pra dizer que a minha alegria está feita no caprichado, mas peço alguma cara pra conversar com você certas coisas.

5 Olhe, Jesus, muita gente no mundo diz por aí que a pessoa está destinada a comer grama pelo avesso quando chega aqui, na terra diferente em que me vejo, mas nem mesmo eu que me esparramei dentro d’água, fechando o paletó, não encontrei nada disso. 6 Olhe que fui filho de um grande rei da areia, sempre habituado a viver no capim mimoso, mas aqui não achei grama nem grana.

7 O que senti foi muita paúra, quando notei que o meu banho depois da festa dera zebra.

8 A princípio, fiquei desbaratinado.
Era uma bananosa de amargar.
Quis dismilinguir, mas pra onde?

9 O negócio foi parar, aguardando o clarão.
Felizmente tive a sorte de encontrar gente boa que me ensinou a mandar uma brasa pra obter tranquilidade e transformação.

10 Dez fevereiros de lesco-lesco.
Mas agora, querido chefe, ando precisado de chuteiras novas.
O time está incrementado e não posso dar uma de pirandelo.

11 Dê-me o presente da força, querido amigo.
Não me deixe entrar em pua, nem engrenar papos furados.

12 Não quero bancar o fracóide e largar você na hora do vamos ver.
Não desejo ser espelotado, nem tremendão.

13 Não permita que eu fique fazendo média com o tempo e nem consinta que eu esteja na vida mansa.

14 Peço a você me auxilie a descobrir a coragem que Deus guardou dentro de mim e que a gente, marcando bobeira, parece esconder sempre por dentro da própria vida sem jeito de vir à tona.

15 Ampare a este seu pobre companheiro a enfrentar o basquete do trabalho pelo bem dos outros, porque hoje o auxílio ao próximo é bola que devo chutar na rede da vida.

16 Note que peço isso, diante da melhor mãe que o Céu me poderia conceder e à frente de meu pai, o cupincha sempre querido, a quem você mandou que me preparasse pra jambrar na Terra. 17 E, entre as testemunhas de meu pedido, todas elas joias de nossa amizade, está minha irmã que é sempre um doce de coco em meu coração.

18 Veja que a minha prece não é fajuta.
Por amor, em seu infinito amor, caro chefe, ajude meu Espírito a seguir pra frente.

19 E, desde já, agradeço, prometendo fazer o melhor que eu puder.
Já sei que a vida é dura só para quem é mole, mas creia que vou pôr minha fé pra quebrar no serviço.

20 Quanto ao mais, querido Jesus, mande as suas dicas e receba, com todo o meu respeito, a confiança total do seu amigão


Augusto Cezar



[1] Obs. Para melhor compreensão de algumas expressões utilizadas pelo autor espiritual vide Glossário de gírias.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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