O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Entes queridos — Familiares diversos


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Haroldo Soares Portella

Rio de Janeiro (RJ) — 26 de janeiro de 1915.

Catalão (GO) — 12 de abril de 1979.

Técnico de Administração, funcionário aposentado do Ministério da Aeronáutica, Haroldo Portella faleceu em acidente rodoviário próximo de Catalão, Estado de Goiás, quando com a esposa e netos se dirigia a Brasília.

A esposa, Nadir Soares Portella, reside no Rio de Janeiro e a filha, Sra. Hadir Portella Almeida, casada com o Oficial da Marinha, José Ubirajara Silva Almeida, reside na Capital Federal.

O casal possuía outra filha, Clícia Soares Portella, que desencarnou no Rio de Janeiro, em 1950, aos oito de idade.


PALAVRAS DA ESPOSA DO COMUNICANTE


“Com a mensagem, Chico Xavier devolveu-me as muletas que eu perdera, mostrando que “meu velho” saiu para uma longa viagem, mas não se esqueceu de mim. Renasci, senti novamente vontade de viver.”


Nadir Soares Portella


MENSAGEM


1 Querida Nadir, meus pensamentos se concentram em oração, pedindo a Jesus lance sobre nós sua Bênção de Paz.

2 Venho até você, rogar a sua aceitação da lei que nos separou naquela noite de despedida compulsória.

3 Peço a você, mas peço com toda a força de minha confiança, não se associar a qualquer ideia de culpa. Quando procuramos por nossos rapazes na Academia, n eu mesmo desejava a continuação da viagem. Não me inclinava para qualquer delonga, fosse em Pirassununga, fosse em Ribeirão, n como, a princípio, se cogitou.

4 É que o meu encontro-desencontro com o “até breve” estava marcado. Não digo “até breve”, admitindo que você possa vir cedo para cá, porquanto, precisamos de sua presença junto dos nossos por muito tempo, o meu “até breve” substitui a palavra morte que passei a não admitir em nosso vocabulário.

5 Aqui, a vovó Alba e a nossa querida benfeitora Adelaide Maria, n foram precisas nas informações.

6 Quando não provocamos conscientemente a abertura do portão para a Vida Espiritual, agindo na leviandade de um passageiro clandestino que penetrasse o avião sem os necessários documentos, a vinda para cá é sempre um acontecimento imprevisto.

7 Peça calma à nossa Hadir que, afinal de contas, é um pedaço de nossos melhores sonhos com o “H” do Haroldo e o “Adir” de você mesma.

8 Rogue à nossa filha, esforçar-se por lavar da mente dos nossos netos qualquer ideia de lamentação ou de culpa, injustificável em qualquer de nós.

9 Ficaria muito feliz, vendo o Antônio José e o José Eduardo n retornando, em definitivo, à vida normal, com a melhor preparação ante o futuro, porque, em verdade, os acidentes estão aí no mundo por toda parte e, não seríamos nós, quem os haveria de evitar.

10 Se voltei para cá numa ocorrência dessas, rendamos Graças a Deus, porque tenho aprendido aqui que, se fosse vítima de uma longa parada cardíaca, seria constrangido a suportar vários anos de invalidez.

10 Aí no mundo, habituamo-nos a ver os fatos unicamente através da periferia, mas se soubéssemos descer às essências de quanto nos acontece, acabaríamos mais tranquilos e mais reconhecidos a Deus, fosse qual fosse o problema com que nos víssemos defrontados.

11 Peço à nossa Hadir, em nome de nossa Taninha, n para sossegar o coração e permanecer na constância da fé. Os templos fazem diferença mínima ou nenhuma. Qualquer que seja a confissão religiosa para a qual a nossa querida filha se incline, ela não deixará de ser de Deus e de ser igualmente nossa, porque o nosso amor por ela e por todos os nossos é a paz com a certeza de que estamos todos submetidos às leis de Deus que em nós ou fora de nós precisam ser cumpridas.

12 Querida Nadir, espero que as minhas palavras funcionem por bisturi amigo, retirando de sua cabeça ideias que não mostram qualquer razão de ser. Fique tranquila e confiante em Jesus, como sempre.

13 Enviando o paternal abraço para a filha querida e considerando-se na presença de todos os nossos, beija a sua face querida com o carinho e a confiança de todos os momentos, o seu Velho companheiro, esposo, irmão e amigo que continua pedindo aos Céus por sua felicidade.

14 Sempre o seu,

Haroldo


20 de junho de 1980.


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