O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Enxugando lágrimas — Familiares diversos


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Entrevista com Chico Xavier / Emmanuel

Numa tentativa de afastarmos quaisquer dúvidas que possam pairar no espírito do leitor, e visando à nossa edificação espiritual, procuramos o médium Francisco Cândido Xavier, no dia 12 de fevereiro de 1977, e lhe fizemos as seguintes perguntas:


1ª) — Chico, há tempos, numa de nossas sessões de Desobsessão, lembro-me de que se comunicou o Espírito de um jovem, que nos solicitava a todos os presentes, preces e vibrações em benefício da equipe de que fazia parte, a fim de que ele e seus companheiros pudessem alcançar êxito na tarefa de que se incumbiram: socorrer, no Plano Terrestre, os jovens catalogados pela Psiquiatria, como sendo portadores de distúrbios de conduta ou personalidades psicopáticas. Sendo eles jovens desencarnados, conseguiam, com mais facilidade, auxiliar aos outros jovens reencarnados, presas de conflitos e angústias de toda a ordem. Ora, sendo a Providência Divina perfeita em seus desígnios, e havendo, atualmente, devido à conjuntura de fundo econômico-social, maior possibilidade de retorno desses jovens ao Plano Espiritual, haveria lógica na rogativa daquele espírito?

Resposta de Chico Xavier: Emmanuel costuma explicar que assim como no Plano Físico todos necessitamos de encorajamento e serenidade para o desempenho das obrigações que abraçamos, o mesmo sucede nos Planos Espirituais. Nesse sentido, a prece, em favor de alguém, funciona sempre por agente de sustentação e incentivo.


2ª) — Perguntamos, ainda considerando o que se deu com a Talidomida, que inicialmente serviu aos Desígnios Superiores para ressarcimento de dívida cármica de vários Espíritos que se comprometeram com a Lei de Causa e Efeito, por ocasião da Segunda Grande Guerra, segundo informes de Irmão X, ( † )  n por seu intermédio, caro Chico, e hoje, a aludida substância química sintética é utilizada para o tratamento de uma forma grave de doença que sempre levou o pânico ao Homem, em todas as épocas da Humanidade, perguntamos, repetimos:


3ª) No caso de existirem equipes de socorro, formadas por jovens recentemente desencarnados, como funcionam esses grupos, em suas diversas modalidades de serviço?

R. — Os grupos de auxílio do Mundo Espiritual trabalham em bases de solidariedade e tolerância recíproca, amor e compreensão, características do êxito de qualquer tarefa em grupo, efetuada na Terra que conhecemos.


4ª) Estaria a Divina Providência aproveitando o estágio tecnológico do Planeta, para enviar à Terra aqueles Espíritos que se comprometeram, no passado remoto, na Idade Média ou em tempos mais recuados, e/ou no passado recente, perante eles próprios, praticando a violência contra outros seres humanos?

R. — Sim.


5ª) Que poderiam os Espíritos Superiores acrescentar de confortador para os pais terrestres que se tornam difíceis diante da necessidade da conformação?

R. — Aceitarmos todas as Leis de Deus que nos regem, dedicando-nos, tanto quanto nos seja possível, ao preparo ou educação espiritual uns dos outros, a fim de vivermos no Mundo Físico, no conhecimento de nossas responsabilidades individuais, de tal modo, que não nos sintamos culpados por omissão, quanto à orientação dos entes que amamos, no campo do auxílio mútuo.


6ª) Poderíamos, além da prática do bem incessante, utilizar outros meios para evitar que os jovens retornem de forma tão abrupta para o Plano Extracorpóreo?

R. — Se nos empenharmos na preparação da criança, quanto à vida imperecível de que é depositária, sem viciá-la com superproteção e sem espancá-la nos momentos de erro, peculiares a nós todos; se ensinarmos aos nossos filhos ou tutelados, em pequeninos, que nenhum deles é melhor ou pior do que os filhos e tutelados de nossos vizinhos, alertando-os, desde cedo quanto à necessidade do respeito e da prudência, no trato com os bens e dons da vida, a juventude não estará sujeita a tantas provações, quais as que anotamos, na atualidade, em que tantos de nós doamos apaixonada afeição à criança com manifesto descaso por sua formação íntima.


Chico Xavier

Elias Barbosa


Francisco Cândido Xavier, Irmão X, Contos Desta e Doutra Vida, FEB, Rio, 3ª edição, 1971, pp. 163-166.


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