O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Evolução em dois mundos — André Luiz — F. C. Xavier / Waldo Vieira — 2ª Parte


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Conduta afetiva

1. — Qual é a conduta afetiva entre as almas enobrecidas?

— Quanto mais elevado o grau de aprimoramento da alma, mais reclamará espontaneamente de si própria a necessária disciplina das energias do mundo afetivo, somente despendendo-as no circuito de forças em que se completa com a alma a que se encontra consorciada, ou, então, em serviço nobre, através do qual opere a evasão das cargas magnéticas de seus impulsos genésicos, transferindo-as para o trabalho em que se lhe projetam a sensibilidade e a inteligência.

2 Isso acontece no Plano físico, entre aqueles cujo sistema psíquico já se distanciou suficientemente das emoções vulgares, ajustando-se em complementação fluídica ideal as almas irmãs que se matrimoniam.

3 Interrompida a aliança física na Esfera carnal, por interferência da morte, o homem ou a mulher, consagrados à sublimação íntima, se associam, quase sempre, à companheira ou ao companheiro levados à viuvez, em construtivas simbioses de ação, seja no amparo aos filhos, ainda necessitados de assistência, ou na extensão de obras edificantes, porquanto os Espíritos que verdadeiramente se amam desconhecem o que seja abandono ou esquecimento.

4 Atentos ao mesmo princípio de aprimoramento, aqueles que se ajustam em matrimônio superior, no Plano Espiritual, permutam as próprias forças em constante circuito energético, pelo qual atendem a vastíssimas obras de benemerência, na criação mental de valores necessários ao progresso comum, dentro da euforia permanente que o amor sublime lhes confere. 5 E, em lhes faltando a companhia, por intermédio da qual se integram nos mais altos ideais de burilamento e beleza, mobilizam as próprias cargas magnéticas criadoras em serviço à coletividade, com o que se elevam mais intensamente na escala da sublimação moral, ou, então, — o que é mais frequente, — buscam olvidar as próprias possibilidades de maior ascensão, solicitando posições apagadas e humildes ao pé daqueles a quem se devotam, a fim de ajudá-los na execução das tarefas que lhes foram assinaladas ou no pagamento das dívidas com que ainda se oneram perante a Lei.


André Luiz


Uberaba, 28/5/1958.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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