O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Chico no Monte Carmelo — Autores diversos — 2ª Parte


1


Jesus e a assistência

1 Por que teria Jesus multiplicado os pães para a multidão que lhe ouvia a palavra? ( † )

2 Decerto que se o maná da revelação pudesse atender, de maneira total às necessidades da alma no Plano físico, não se preocuparia o Senhor em movimentar as migalhas do mundo para satisfazer à turba faminta.

3 É que o estômago vazio e o corpo doente alucinam os olhos e perturbam os ouvidos, impedindo a função do entendimento.

4 O viajante perdido no deserto, atormentado de secura, não compreenderá, de pronto, qualquer referência à Justiça Divina e à imortalidade da alma, de vez que retém a visão encadeada à sede que lhe segrega o espírito em miragens asfixiantes. 5 Ao portador da verdade compete o dever de mitigar-lhe a aflição com a gota d’água, capaz de libertá-lo, a fim de que se lhe reajustem a tranquilidade e o equilíbrio.

6 A obra Espírita-Cristã não se resume, assim, à predicação pura e simples.

7 Jesus descerrou sublimados horizontes ao êxtase da Humanidade, mas curou o cego de Jericó, ( † ) refazendo-lhe as pupilas.

8 Entendeu-se com os orientadores de Israel, ( † ) comentando a excelsitude das Leis Divinas, entretanto, consagrou-se à recuperação dos alienados mentais que jaziam perdidos nas trevas.

9 Indicava a conquista do Céu por meta divina ao voo das esperanças humanas, ( † ) contudo, devolveu a saúde aos paralíticos.

10 Referiu-se à pureza dos lírios do campo, ( † ) todavia, não olvidou o socorro aos leprosos, em sânie e chagas.

11 Transfigurou-se em nume celeste no Tabor, ( † ) mas não desprezou a experiência vulgar da praça pública.

12 É que o Evangelho define a restauração do homem total.

13 A sina humana é a crisálida do anjo, como a Terra é material para a edificação do Reino de Deus.

14 Desprezar a fraternidade, uns para com os outros, mantendo a flama do conhecimento superior, será o mesmo que encarcerar a lâmpada acesa numa torre admirável, relegando à sombra os que padecem, desesperados, ou que se imobilizam, inermes, em derredor.


Emmanuel



Mensagem psicografada pelo médium Francisco Candido Xavier, em reunião pública da noite de 23 de julho de 1956 no “Centro Espírita Humildade Amor e Luz”, na cidade de Monte Carmelo — Minas Gerais.


Essa lição foi publicada em 1994 pela editora GEEM e é a 1ª do livro “Vida e caminho” e só posteriormente em 2002, com 40 anos de atraso, veio a lume no presente livro, editado pela UEM.


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