O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Cartas do Evangelho e outros poemas — Casimiro Cunha — 1ª Parte


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Carta aos tristes

  1 Alma irmã de nossas almas,

  Por que vives triste assim?

  Todos os males da Terra

  Chegarão, um dia, ao fim.


  2 Se tens o teu pensamento

  Na ideia da salvação,

  Já deves compreender

  Que o mundo é de provação.


  3 É justo que sintas muito

  As lágrimas da saudade,

  Que chores um ente amigo

  Na senda da iniquidade.


  4 É certo que neste mundo,

  Onde há espinho em toda a estrada

  Não há lugar para o excesso

  Do riso ou da gargalhada.


  5 Mas, ouve. O amor de Jesus

  É como um sol de harmonia.

  Quem se banha em Sua luz

  Vive em perene alegria.


  6 Demasia de tristeza

  É sinal de isolamento.

  Quem foge à fraternidade

  Busca a sombra e o desalento.


  7 Guarda o bem de teus esforços

  Num plano superior,

  Não há tristeza amargosa

  Para quem ama o labor.


  8 Transforma as experiências

  Pelas quais hajas passado

  Num livro fraterno e santo

  Que ampare o mais desgraçado.


  9 O serviço de Jesus

  É tão grande, meu irmão,

  Que não oferece ensejo

  A qualquer lamentação.


  10 O senso de utilidade

  Deve sempre andar contigo.

  Transforma em vaso de amor

  Teu coração brando e amigo.


  11 Dá sorrisos, esperanças,

  Ensinos, consolação.

  Espalha o bem que puderes

  Na senda da redenção.


  12 Enche a tua alma de fé,

  De paz, de amor, de humildade.

  Não há tristeza excessiva

  Onde exista a Caridade.


  13 Quando, de fato, entenderes

  A caridade divina

  Tua dor será no mundo

  Como fonte cristalina.


  14 Dá sempre. Trabalha. Crê.

  E a tua fonte de luz

  Há de cantar sobre a Terra

  Os júbilos de Jesus.


Casimiro Cunha


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