O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

Índice | Página inicial | Continuar

Bezerra, Chico e você — Bezerra de Menezes


17

Em louvor da verdade

1 Relevai-nos a sugestão de trabalho, embora rogueis a luz sem esforço.

2 O Espiritismo que indaga simplesmente deu lugar, há muito tempo, ao Espiritismo que estende os braços.


3 Atravessais verdadeira floresta, onde os caminhos de volta ao campo da luz divina parecem intransitáveis.

Pensamentos de egoísmo, de incompreensão, de discórdia, vaidade e orgulho se entrechocam, à maneira de projéteis invisíveis ao redor de vossa personalidade, e se faz imperiosa a coragem para que os óbices multiplicados não nos vençam os labores recíprocos.


4 Efetivamente, a vossa procura é nobre e edificante.

Bem-aventurados aqueles que demandam a verdade e que anseiam por passagem libertadora no rumo da claridade eterna!


5 Não comeceis o empreendimento da própria iluminação, ao modo de um homem que iniciasse a construção de uma casa pelo teto.


6 Soletrai, antes de tudo, o alfabeto da bondade.

Sem as primeiras letras do amor, nunca entenderemos o sagrado poema da vida.


7 É indispensável abrir o coração, vaso destinado às sementes do Céu, convertendo-nos em instrumentos do bem ativo e incessante.


8 Não iluminaremos a mente sem purificar os olhos, tanto quanto ninguém alcança o discipulado do Senhor, sem mobilizar as mãos na obra redentora da Terra.


9 Encetemos a reestruturação dos próprios destinos, compreendendo-nos mutuamente.


10 Que lição recolheremos na visita de benfeitores que residem à distância, se não aprendemos a fraternidade primária com o próximo?


11 Ouçamos a mensagem das necessidades que nos cercam. Há dor e ignorância, treva e indiferença, na estrada em que pisais; estendamos, através delas, o nosso sentimento cristão, imitando o lavrador que não desampara a terra lodosa do charco.


12 Não esperemos o paraíso, quando ainda nem mesmo auxiliamos no trato do chão em que operamos.


13 Espíritos endividados, perante a Bondade Divina que nos deu ouvidos para registrar os ensinamentos da vida, olhos para surpreender a luz, braços para erguer o castelo de nossa própria felicidade e recursos imensos para dilatarmos o nosso próprio engrandecimento espiritual, guardemos a fé, servindo e auxiliando, corrigindo a nós mesmos e amando a todos, em louvor da verdade.

14 Nossa vida é um campo aberto.

15 Nosso coração é uma fonte.

16 Cada um de nossos atos é mensagem viva.

17 Que nossa alma se afeiçoe ao bem supremo, sob a inspiração de Jesus, a fim de que o mundo se transforme em Seu Reino.


Bezerra


De mensagem recebida em 1950.


Abrir