O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Alma e coração — Emmanuel


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Dar e fazer

1 Se deixas o coração naquilo que dás e fazes, realmente ninguém poderá prever os celeiros de bênçãos que te advirão de semelhante atitude.

2 Liquidarás o problema do companheiro em dificuldades materiais; no entanto, se o abraças por irmão verdadeiro, auxiliar-lhe-ás o espírito a desvencilhar-se das ideias de penúria e inatividade, impelindo-o a tomar posição no trabalho digno. 3 Desse ponto de recuperação, seguirá ele para a frente, com a tua bênção de fraternidade, e pessoa alguma avaliará os frutos de progresso e alegria que os outros recolherão do teu concurso inicial.

4 Visitarás o doente, emocionando-o com a tua prova de apreço; entretanto, se o acolhes no íntimo, na condição de um ente querido, libertá-lo-ás das ideias de desânimo e abandono, restituindo-lhe a paz da alma. 5 Desse marco de reajuste, avançará ele caminho adiante, e, ainda quando continue assaltado por moléstia difícil, não conseguirás calcular os frutos de paciência e conformidade que os outros recolherão de teu gesto afetivo.

6 Se te limitas a pagar o salário estipulado em contrato ao cooperador que te serve, doando-lhe dinheiro às mãos e secura ao coração, terás talvez para breve um adversário potencial de tua obra.

7 Na escola, se te circunscreves ao programa estabelecido, ministrando aos estudantes a aula de horário certo, sem enriquecê-la de bondade e compreensão, é provável que te faças acompanhar, desde logo, por toda uma classe constituída de alunos rebeldes e repetentes.

8 Não nos referimos a isso para que se deva agir com irresponsabilidade. Aspiramos salientar que, se quisermos auxiliar e construir, ao mesmo tempo é preciso colocar a própria alma naquilo que se concede e realiza.

9 Em suma, é importante tudo o que dás e fazes, no auxílio ao próximo; 10 todavia, é sempre mais importante para os outros e a favor de ti mesmo a maneira como dás isso ou fazes aquilo, de vez que todo benefício sem amor é comparável ao poço raso, cujas águas de ontem secam hoje por falta de vida e circulação.


Emmanuel


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