O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão.
Doutrina espírita - 1ª parte.

Índice | Página inicial | Continuar

Revista espírita — Ano VII — Abril de 1864.

(Idioma francês)

CORRESPONDÊNCIA.


Sociedades de Antuérpia e de Marselha.

Antuérpia,  †  27 de fevereiro de 1864.

Caro mestre, temos a honra de vos informar que acabamos de constituir em Antuérpia uma nova sociedade, sob a denominação de Círculo Espírita Amor e Caridade.

Como vereis pelo art. 2º do regulamento, nós nos colocamos sob o patrocínio da sociedade central de Paris,  †  assim como sob o vosso. Em consequência, declaramos congregar-nos à doutrina contida em O Livro dos Espíritos e em O Livro dos Médiuns.

Temos a firme vontade de trilhar o caminho dos verdadeiros espíritas; isto significa dizer que a caridade é o objetivo principal de nossas reuniões. A fim de que fiqueis bem convencido da sinceridade de nossos sentimentos, dignai-vos consultar o presidente espiritual de vossa sociedade; por mais fracos que, até agora, tenham sido os nossos esforços, estes hão sido sinceros e, sob tal ponto de vista, temos a convicção de que, para ele, já não somos estranhos.

Temos a honra de vos remeter, anexa, uma das comunicações obtidas em nosso círculo, por meio de um médium falante, para que possais julgar de nossas tendências… etc.


Observação. – Com efeito, esta carta foi acompanhada por uma comunicação muito extensa, que testemunha o bom caminho em que se encontra essa sociedade.

No mesmo sentido recebemos outra carta, de parte da Sociedade Espírita de Marselha. n


Marselha,  †  21 de março de 1864.

Senhor Presidente,

Temos a honra de vos anunciar a formação de nossa nova sociedade, que toma o nome de Sociedade Marselhesa de Estudos Espíritas, e cuja autorização acaba de ser concedida pelo Sr. senador encarregado da administração do Departamento de Bouches-du-Rhône.  † 

Ajudados por vossos bons conselhos, caro mestre, faremos todos os esforços para marchar nas pegadas de nossos irmãos de Paris, cujo regulamento adotamos para a ordem de nossas sessões. Colocando-nos sob o patrocínio da respeitável Sociedade de Paris, como ela inscrevemos em nossa bandeira: Fora da caridade não há salvação. ( † )

O Sr. Dr. C…, nosso presidente, também terá a honra de vos escrever logo depois da inauguração.

No interesse da causa, senhor, nós vos rogamos a bondade de dar à nossa sociedade a publicidade que julgardes conveniente, a fim de congregar os adeptos sinceros.

Recebei, etc.


Já temos dito que entre as sociedades espíritas, que tanto se formam na França quanto no estrangeiro, o maior número declara colocar-se sob o patrocínio da Sociedade de Paris. Todas as cartas a nós dirigidas a propósito são concebidas no mesmo espírito que as publicadas acima. Essas adesões, dadas espontaneamente, atestam os princípios que prevalecem entre os espíritas, e a Sociedade de Paris não pode deixar de sensibilizar-se com essas marcas de simpatia, que provam a séria intenção de marchar sob a mesma bandeira. Isto não quer dizer que outras, que não fizeram essa declaração oficial, sigam outra orientação; longe disto. A correspondência que mantêm conosco é garantia suficiente de seus sentimentos e da boa direção de seus estudos. Um número muito grande de reuniões, aliás, não tem o caráter de sociedades propriamente ditas e, em grande parte, não passam de simples grupos. Fora das sociedades e dos grupos regulares, as reuniões de família, onde só recebem conhecimentos íntimos, são inumeráveis e se multiplicam diariamente, sobretudo nas classes elevadas.



[1] N. do T.: Bruxelles no original, embora Kardec esteja se referindo a Marselha.


Abrir